sexta-feira, 1 de abril de 2011

QUE TECNOLOGIA É ESSA?

A era da tecnologia ao invés de trazer apenas soluções práticas para as nossas vidas, trouxe hábitos excludentes para a sociedade. Cada vez mais nos isolamos do contato físico com as pessoas, daquele bate papo entre amigos no finalzinho da tarde ou da reunião após o dia cansativo de trabalho.
Um fator que pode parecer irrisório, mas que mudou o nosso jeito de lembrar momentos bons foi a foto digital, algum tempo atrás era comum encontrarmos fotos espalhadas pela casa, remetendo a momentos bons que passamos em nossas vidas.
Hoje em dia se quisermos recordar esses momentos temos que ter todo o trabalho de ligar o computador ou então ver as fotos em tamanho reduzido através de um celular. 
Outra questão preocupante são os relacionamentos à distância, através de sites que se dizem apropriados, muita gente já se habituou a ficar em casa na frente da telinha do computador conhecendo pessoas do mundo inteiro, mas esquecendo do seu vizinho que por ventura pode estar precisando de uma ajuda sua ou qualquer coisa parecida. 
Se a tecnologia veio para servir de instrumento de auxílio para nossas vidas, como podemos ficar tão distantes um do outro?
Talvez pela propagação da violência que por conseqüência do sistema é imposto a nós, excluindo drasticamente a maioria da população que não tem acesso a cuidados básicos importantes para a manutenção intelectual e física como educação e saúde de qualidade.
A todo o momento surgem novas tecnologias, o gestor tem que estar atento a isso. Muitas vezes o professor se quer sabe ligar o computador, o papel do gestor e da coordenação da escola, juntamente com a secretaria de educação nesse caso, e sempre buscar cursos de e aprendizagem para esses professores, uma formação continuada. Temos que incluir nossos alunos na era digital, isso é um fator importantíssimo para o futuro da nossa sociedade, mas, não deixando de lado o convívio direto, interpessoal, se não acabaremos nos comunicando apenas por máquinas e sempre buscaremos a distância e o domínio dessas tecnologias tem que 
ser acessível a todos e não apenas para poucos.


Por, Marcus Vinicius Andrade

7 comentários:

  1. Você defende o pragmatismo tecnológico (trazer apenas soluções práticas). Discordo! Tecnologia também é entretenimento e ferramenta de auto-descobertas na medida em que nos divertimos e sentimos mais à vontade para expressar nossas angústias sobre as quais nem todo vizinho abelhudo se pode confiar. Até um garfo na mão errada pode virar uma arma. O problema não está na tecnologia, mas nos finas que aplicamos a ela. Então é a ética que cabe a nós. Convenhamos que você utilizou a ferramenta que critica postar o seu texto e, no fundo, concordo com você: não sinto saudades dos demorados Correios. Tardou o SEDEX! Seu texto foi mais acessível por aqui. Rsrs Abraços!

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  2. Sinceramente, já senti tanto prazer pela net que não ousaria levantar a mão, ou melhor, a palavra contra ela. Rsrsrs O futuro já chegou, viva!

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  3. Anônimo 1: Concordo com você em partes,já que essa ferramenta é tão necessária no seu ponto de vista,porque temos então que fiscalizas nossas crianças na frente do computador? Os jovens, habitualmente, preferem se abrir com um desconhecido a quilômetros de distância de que seu amigo ou familiares. Isso é uma coisa boa? e como disse no começo do texto, "a era da tecnologia ao invés de trazer apenas soluções práticas para as nossas vidas, trouxe hábitos excludentes para a sociedade" isso quer dizer que não sou contra a tecnologia, e sim devemos aprender nas escolas como utiliza-las

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  4. Bom, acredito que a era da tecnologia veio sim trazer soluções para nossa vida. Hoje estamos cada vez mais distantes de nossos amigos, vizinhos e familiares, SIM. Porém, o que seria de nós se, em meio a tantos afazeres em nosso cotidiano tão corrido, onde mal temos tempo para nos alimentar bem, não pudéssemos enviar um email que logo chega em seu destino? Como resolveriamos tantos problemas em tão pouco tempo se não tivéssemos uma ferramenta como a internet? É claro que a tencologia chega às escolas, e à vida de nossos alunos com velocidade bem maior do que chegam os cursos de formação para professores. O que falta é isso, saber como lidar com a tecnologia, não precisamos nos desapegar de tudo o que é real, do convívio com o próximo, das fotos espalhadas pela casa... mas também não podemos deixar de admitir que a tecnologia nos trouxe muitos benefícios.

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  5. Amigo “escritor”, não há uma contradição na tecnologia, há primeiro uma contradição no ser humano. Quando criança, vivi no meio rural e sequer tínhamos luz elétrica. Francamente, não tenho saudades dos “tempos da caverna”. A foice, o machado, a faca, o arado e etc e tal ajudava, mas a vida era dura. É claro que era outro estilo de vida, brincadeiras no escuro, causos contados por minha avó e minha mãe sob a luz do candeeiro. Com eles aprendi muita coisa, inclusive a trabalhar na infância, a ter medo de bicho-papão, de defuntos e aprisionar num limitado mundo de crendices, superstições e fantasias religiosas. Verdadeira submissão que me custou libertar! E acredite, não sou um caso único. Meu pai foi um carrasco, as surras eram bem mais constantes que o diálogo. Nossa vizinhança era abelhuda. E até hoje existe o preconceito de julgar o pessoal do campo de "caipiras" e mente atrasada! Ora, esse discurso de que a tecnologia afasta ou distancia o contato físico entre as pessoas é um velho problema em novas roupagens. Não é uma questão de agora, pouco menos trazida pela tecnologia, mas existente a tempos e mesmo antes dela surgir. Hoje vejo a tecnologia, estou falando especificamente das salas de bate-papo, dos chats e de todo contato virtual, como uma poderosa ferramenta de expressão do lado mais íntimo, abafado e escondido do ser humano – seu inconsciente! Ainda temos uma humanidade muito animalizada apesar dos seus avanços tecnológicos. Basta dá a liberdade ao ser humano para ele ficar escondido atrás de uma capa e poder colocar para fora o que tem dentro dele, e saberemos do que estou falando. É só reparar o conteúdo das salas de bate-papo, por exemplo. Portanto, a tecnologia veio somar. Tenho mais uma escolha: posso sair com meus amigos ou ficar em casa e me comunicar com eles virtualmente. E quanto mais escolhas tivermos, melhor.

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  6. Tudo é uma questão de escolha (é uma questão ética). Você afirma em seu texto que a tecnologia trouxe hábitos excludentes nas pessoas, que as distanciou. A tecnologia não é a culpada por isso, pelo contrário, é um importante meio para conhecermos melhor o ser humano por fora e por dentro. A contemporaneidade criou um aparato de meios para a humanidade não ficar submissa à natureza, e temos nos servido dela para mostrarmos cada vez mais quem somos. Os avanços da medicina, as descobertas e curas para novas doenças, a interação virtual, o contato com outras pessoas a longas distâncias, a capacidade de se informar mundo a fora e não ficar preso no nosso mundinho... Etc, etc e tal.

    Nossa natureza contraditória é assim: em tudo que tocamos pode virar uma faca de dois gumes. No começo, a pedra afiada e o fogo não serviram apenas para caçar e cozer os alimentos, mas também para grupos dominarem outros pelas guerras, não diferente de hoje em que a microfísica e a quântica fabricaram armas nucleares; a bioquímica e a genética, armas bacteriológicas; os satélites artificiais não só comunicam e informam, mas são responsáveis por espionagem militar e guerras teleguiadas, e por aí vai...

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  7. No seu próprio discurso você se contradiz e só me ajuda dá melhor a resposta. Por que precisamos fiscalizar as crianças na frente do computador ou por que os jovens preferem se abrir a “estranhos”? Ora, porque ainda temos muito que humanizar. A relação entre pais e filhos está precária antes e depois das tecnologias mais complexas, mas só veio à tona e é problema para a pedagogia, a psicologia e áreas a fins, aí sim, graças nossos estudos e avanços tecnológicos. Não temos que fiscalizar as crianças em frente ao computador, temos que acompanhá-las e orientá-las frente a qualquer coisa. E se nossos jovens usam esses recursos para desabafar, é porque a muito tempo a família não vem cumprindo o seu papel. E as tecnologias estão nos forçando a repensar isso! Então vejo nas tecnologias não apenas pragmatismo como você atribui, mas um meio para nos conhecermos melhor, quem somos e onde estamos (o problema talvez seja encontrar a resposta, como eu disse, para uma natureza contraditória que não quer voltar a ser índio, nem homens das cavernas).

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